quarta-feira, 18 de maio de 2011

Jogos no Ensino da Matemática

PROFESSOR

    A Matemática auxilia na resolução de muitos problemas do cotidiano, tem inúmeras aplicações no mundo do trabalho e configura-se como poderoso instrumento para a construção de conhecimentos em outras áreas.
    Devido a esse papel tão importante que desempenha na formação das pessoas, o ensino da Matemática não pode ser visto como simples transmissão de conceitos e procedimentos de cálculo. É fundamental mudar essa forma mecânica de ensinar Matemática.

JOGOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA

    Os jogos no ensino da Matemática estimulam não só o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, como também propiciam a interação e o confronto entre diferentes formas de pensar. O jogo permite, ao aluno, vivenciar uma experiência com características sociais e culturais, provocando a descentração, a aquisição de regras, a expressão do imaginário e a apropriação de conhecimentos.
    O jogo é, em geral, uma atividade que envolve dois ou mais jogadores, que tem um objetivo comum a ser alcançado e regras estabelecidas ( contrato aceito pelo grupo ). Aquele que primeiro alcançar este objetivo será o vencedor. Dependendo do jogo, os alunos podem assumir diferentes papéis: interdependentes, opostos ou cooperativos. O jogo possibilita o desenvolvimento de estratégias, o estabelecimento de planos e a avaliação da eficácia das jogadas de acordo com os resultados obtidos.
    Por meio dos jogos podemos trabalhar, de maneira lúdica, conteúdos importantes na Educação Matemática, como sequenciação numérica verbal ( exemplo: contagem de pontos no pega-varetas ), procedimentos de quantificação ( exemplo: jogo do pontinho ), cálculo mental ( exemplo: stop de operações ) e resolução de problemas ( exemplo: xadrez ).   
    Jogando, o aluno vive situações que, se comparadas a problemas, exigem soluções vivas, originais e rápidas.  
   Devido ao seu caráter lúdico, permite que o aluno execute repetidas vezes diferentes cálculos ( exemplo: soma dos pontos de dois dados ) de forma contextualizada e muito mais significativa do que ao realizar uma lista de contas.
    O jogo não possui o “estigma” do problema (mas também não deve ser “escolarizado” ), permitindo a exploração e a solução de problemas, num ambiente relativamente livre de pressões e avaliações, clima adequado para a investigação e a busca de soluções. Os erros e fracassos durante os jogos em geral são encarados de maneira desafiante, permitindo que a criança desenvolva sua iniciativa, sua autoconfiança e sua autonomia. Os erros podem ser revistos de forma natural durante as jogadas, sem deixar marcar negativas, propiciando novas tentativas.


(Texto retirado do Livro do Professor, Matemática 4 Ensino Fundamental, Projeto Presente, Editora Moderna, 1ª Edição)

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